Por que Makima gosta tanto do Denji? Chainsaw Man é uma obra marcada por personagens complexos, relações ambíguas e uma narrativa que mistura ação brutal com reflexões profundas sobre afeto, poder e identidade. Entre os vínculos mais intrigantes da série está a relação entre Makima e Denji — uma conexão que, à primeira vista, parece ser de admiração, carinho e até romance, mas que, ao longo da história, revela camadas sombrias e perturbadoras.
Neste artigo, vamos explorar por que Makima demonstra tanto interesse por Denji, o que está por trás de sua obsessão pelo Chainsaw Man, e como essa dinâmica se conecta aos temas centrais da obra de Tatsuki Fujimoto. Prepare-se para mergulhar em uma análise rica, emocional e reveladora sobre uma das relações mais impactantes do universo dos animes e mangás.
Quem é Makima?
Makima é apresentada como uma figura de autoridade dentro da Segurança Pública, responsável por liderar caçadores de demônios em missões perigosas. Com postura calma, voz suave e aparência elegante, ela rapidamente conquista a confiança de Denji — e do público.
No entanto, Makima é, na verdade, a encarnação do Demônio do Controle, uma entidade poderosa que representa o medo humano de ser dominado. Sua habilidade principal é manipular qualquer ser que ela considere inferior, seja humano ou demônio. Ao longo da trama, ela revela uma personalidade fria, calculista e implacável, capaz de sacrificar qualquer um para alcançar seus objetivos.
O fascínio por Denji: admiração ou manipulação?
Desde o primeiro encontro, Makima demonstra um interesse incomum por Denji. Ela o acolhe, oferece comida, abrigo e até afeto — algo que Denji nunca teve em sua vida miserável. Para ele, Makima representa tudo o que sempre sonhou: amor, estabilidade e reconhecimento.
Mas esse interesse não é movido por empatia. Makima não ama Denji como um ser humano; ela deseja o que está dentro dele: Pochita, o verdadeiro Chainsaw Man. O poder de Pochita de apagar a existência de outros demônios é visto por Makima como a chave para criar um mundo ideal — um mundo sem dor, sem medo e sem caos.
Makima não quer apenas controlar Denji. Ela quer possuir o Chainsaw Man, moldá-lo à sua vontade e usá-lo como ferramenta para realizar sua utopia distorcida.
Obsessão disfarçada de afeto
Makima é obcecada por Pochita, mas sua obsessão é expressa por meio de Denji. Ela o manipula emocionalmente, destrói seus vínculos afetivos e o isola para torná-lo vulnerável. Cada gesto de carinho é calculado. Cada palavra doce é uma armadilha.
Essa obsessão é tão profunda que Makima não se contenta em dominar Denji — ela quer que ele deseje ser dominado. Ela cria uma relação de dependência, onde Denji acredita que precisa dela para ser feliz, mesmo quando tudo ao seu redor está desmoronando.
A dualidade de Makima: controle e desejo

Makima representa o paradoxo entre controle absoluto e desejo de conexão. Como demônio, ela não compreende o amor humano. Sua tentativa de se aproximar de Pochita é marcada por dominação, não por empatia. Ela acredita que, ao destruir tudo o que Denji ama, ele se tornará seu — um ser vazio, pronto para ser moldado.
Essa visão distorcida do afeto revela o vazio emocional dos demônios e a incapacidade de Makima de formar vínculos genuínos. Para ela, amor é sinônimo de posse. E Denji, com sua ingenuidade e carência, é o alvo perfeito.
O momento mais cruel: a morte de Power
Um dos momentos mais chocantes da série é quando Makima mata Power, a melhor amiga de Denji. Esse ato não é apenas uma demonstração de poder — é uma tentativa direta de romper o último elo entre Denji e sua humanidade.
Makima acredita que, ao eliminar Power, Denji ficará emocionalmente destruído e vulnerável. Sem amigos, sem afeto, sem propósito, ele se tornaria uma marionete perfeita. Esse momento revela o grau extremo da obsessão de Makima e sua disposição em sacrificar qualquer coisa para alcançar seu objetivo.
Makima não ama Denji — ela venera Pochita
A verdadeira motivação de Makima não é o amor por Denji, mas a veneração pelo Chainsaw Man. Ela não teme Pochita como os outros demônios. Pelo contrário, ela o idolatra. Para Makima, o poder de apagar o passado é divino. E ela quer esse poder para si.
Denji é apenas o receptáculo. Makima o manipula, o destrói e o reconstrói, tudo em nome de sua obsessão por Pochita. Essa dinâmica revela a complexidade da personagem e a profundidade da narrativa de Chainsaw Man.
Conclusão: uma relação marcada pela tragédia
A relação entre Makima e Denji é uma das mais trágicas e complexas do universo dos animes. O que começa como uma promessa de afeto se transforma em um jogo cruel de manipulação, obsessão e destruição emocional.
Makima não ama Denji — ela deseja o poder que ele carrega. Sua obsessão é disfarçada de carinho, mas é movida por controle e ambição. E Denji, em sua busca por amor, se torna vítima de uma das antagonistas mais bem escritas da ficção contemporânea.
Chainsaw Man não é apenas uma história de ação e horror. É uma reflexão profunda sobre o que significa amar, ser amado e ser livre. E a relação entre Makima e Denji é o coração dessa tragédia.

Por que Makima gosta tanto do Denji? – Imagem do topo: Wallpaper Flare
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