Vale a Pena Assistir Necronomico no Cosmic Horror Show? Uma Imersão no Terror Cósmico da Geração Streamer

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Vale a Pena Assistir Necronomico no Cosmic Horror Show? Em meio a uma temporada repleta de isekais, comédias escolares e dramas românticos, surge uma obra que desafia convenções e mergulha fundo no horror cósmico com uma estética moderna e provocativa: Necronomico no Cosmic Horror Show. Lançado no verão de 2025 pelo estúdio Studio Gokumi, o anime mistura elementos de terror lovecraftiano com a cultura digital contemporânea — e já está dividindo opiniões entre fãs e críticos.

Mas afinal, vale a pena assistir Necronomico no Cosmic Horror Show? Neste artigo, vamos explorar todos os aspectos da obra: enredo, personagens, estética, referências, recepção e impacto cultural. Prepare-se para uma análise completa que vai muito além do susto fácil.

Sinopse: Quando o Horror Cósmico Encontra o Streaming

A história acompanha Miko Kurono, uma adolescente que acaba de se formar no ensino fundamental e decide seguir seu sonho de se tornar uma streamer profissional. Sob o nome artístico de Necronomico, ela começa a construir sua carreira ao lado da amiga de infância Mayu Mayusaka e da rival carismática Kanna Kagurazaka.

Tudo muda quando Miko é convidada para testar um novo jogo de realidade virtual chamado KADATH — uma referência direta à cidade mítica de Lovecraft. Ao entrar no jogo, ela descobre que o ambiente é dominado por entidades cósmicas como Cthulhu, Hastur, Zhar e Cthugha, e que o jogo é, na verdade, uma armadilha criada por deuses antigos para manipular a mente humana.

A partir daí, o anime se transforma em uma jornada de sobrevivência, sanidade e revelações perturbadoras — tudo transmitido ao vivo para milhares de seguidores.

Gênero e Estilo Narrativo

Necronomico no Cosmic Horror Show mistura diversos gêneros:

  • Terror cósmico: inspirado na obra de H.P. Lovecraft
  • Ficção científica: com elementos de realidade virtual e inteligência artificial
  • Drama psicológico: explorando traumas, identidade e pressão social
  • Comédia sombria: com momentos de ironia e crítica à cultura digital

O ritmo é marcado por alternâncias entre momentos de tensão extrema e cenas mais leves, criando uma atmosfera instável — propositalmente desconfortável.

Estética e Direção de Arte

Visualmente, o anime é um espetáculo:

  • Paleta de cores sombria, com tons de roxo, verde e preto que evocam o mistério do universo cósmico
  • Design de criaturas inspirado em mitologia lovecraftiana, com tentáculos, olhos múltiplos e formas incompreensíveis
  • Ambientes digitais distorcidos, que simulam glitches e falhas de renderização para representar a perda de sanidade

A direção de arte é assinada por Junki Nakata, com destaque para os episódios ambientados em cenários como a “Academia dos Antigos” e o “Templo de Azathoth”.

Personagens Principais

Miko Kurono (Necronomico)

Protagonista carismática e vulnerável, Miko representa a geração que vive entre o mundo real e o digital. Sua evolução ao longo da série é marcada por conflitos internos, perda de identidade e confrontos com entidades cósmicas que desafiam sua percepção da realidade.

Mayu Mayusaka / Cthulhu

Amiga de infância de Miko, Mayu é possuída por uma entidade cósmica e se torna uma figura ambígua — ora protetora, ora ameaçadora. Sua dualidade é um dos pontos altos da trama.

Kanna Kagurazaka

Rival de Miko no mundo do streaming, Kanna é inteligente, manipuladora e determinada. Sua relação com Miko oscila entre competição e cumplicidade, criando tensão emocional constante.

Referências Lovecraftianas

O anime é repleto de referências à obra de H.P. Lovecraft:

  • KADATH: nome do jogo e da cidade mítica em “A Busca Onírica por Kadath”
  • Cthulhu, Hastur, Zhar, Cthugha: entidades cósmicas que aparecem como personagens ou chefes de fase
  • SAN Check: termo usado nos episódios para representar testes de sanidade, como nos RPGs inspirados em Lovecraft
  • Academia dos Antigos: local onde os streamers são treinados para resistir ao horror cósmico

Essas referências não são apenas estéticas — elas fazem parte da construção filosófica da obra, que questiona o lugar do ser humano diante do desconhecido.

Episódios e Estrutura

A primeira temporada conta com 12 episódios, cada um com cerca de 24 minutos. Alguns títulos incluem:

  • Episódio 1: Let’s Play the Old Ones’ Demo [Cthulhu]
  • Episódio 2: [SAN Check] Small Streamers Collab! [Great Old Ones]
  • Episódio 3: [PvE] Just Another Day at the Old Ones’ Academy [Shoggoth]

A estrutura dos episódios simula transmissões ao vivo, com comentários de seguidores, bugs visuais e interações em tempo real — criando uma experiência imersiva e perturbadora.

Trilha Sonora e Dublagem

A trilha sonora é composta por Evan Call, com destaque para faixas como:

  • Whispers from the Void
  • Stream of Madness
  • Echoes of Kadath

A dublagem japonesa é liderada por Riho Sugiyama (Miko), Manaka Iwami (Mayu/Cthulhu) e Nana Hasumi (Kanna), com atuações intensas e emocionalmente carregadas.

Vale a Pena Assistir Necronomico no Cosmic Horror Show?
Crunchyroll

Recepção da Crítica e do Público

A recepção tem sido mista:

  • No MyAnimeList, o anime possui nota 5.51, com críticas à narrativa confusa e elogios à originalidade visual.
  • No Crunchyroll, a classificação média é 2.7/5, com destaque para a ambientação e críticas à falta de desenvolvimento de personagens secundários.
  • No Rotten Tomatoes, o anime é descrito como “uma armadilha mortal criada pelos deuses”, com foco na tensão psicológica e nos desafios existenciais.

Apesar das críticas, o anime conquistou uma base fiel de fãs que apreciam obras experimentais e provocativas.

Comparações com Outros Animes

AnimeSemelhanças com Necronomico no Cosmic Horror Show
Serial Experiments LainRealidade digital, perda de identidade, estética glitch
Boogiepop PhantomTerror psicológico, estrutura fragmentada
Haiyore! Nyaruko-sanReferências lovecraftianas em contexto moderno
Danganronpa: The AnimationJogos mortais, estética de transmissão
Wonder Egg PriorityTemas existenciais, protagonismo feminino, surrealismo visual

Se você gostou de algum desses títulos, há grandes chances de se interessar por Necronomico no Cosmic Horror Show.

Pontos Fortes

  • Estética inovadora e perturbadora
  • Referências profundas à mitologia lovecraftiana
  • Crítica à cultura do streaming e da exposição digital
  • Narrativa não linear que desafia o espectador
  • Trilha sonora atmosférica e envolvente

Pontos Fracos

  • Ritmo irregular e episódios confusos
  • Personagens secundários pouco desenvolvidos
  • Excesso de simbolismo pode afastar espectadores casuais
  • Final aberto e pouco conclusivo

Vale a Pena Assistir?

Sim — se você gosta de obras ousadas, experimentais e com forte carga simbólica. Necronomico no Cosmic Horror Show não é um anime convencional. Ele exige atenção, paciência e disposição para mergulhar em temas complexos como sanidade, identidade, tecnologia e o desconhecido.

Se você busca algo diferente, que desafie sua percepção e provoque reflexões profundas, essa obra pode ser uma das mais marcantes da temporada.

Onde Assistir

O anime está disponível em plataformas como:

  • Crunchyroll — com legendas em português e outros idiomas
  • Apple TV — via Prime Video
  • Anime.com — com informações detalhadas sobre episódios e elenco

Reflexões Finais: Entre o Horror e o Espelho Digital

Mais do que um anime de terror, Necronomico no Cosmic Horror Show é uma metáfora poderosa sobre o mundo moderno. Ao colocar uma jovem streamer frente a frente com entidades cósmicas e desafios de sanidade, o anime propõe uma pergunta inquietante: até onde estamos dispostos a ir para sermos vistos?

Com sua estética glitch, narrativa fragmentada e ambientação desconfortável, a obra não busca agradar — ela provoca. E, nesse processo, nos lembra que o verdadeiro terror pode não vir de criaturas interdimensionais, mas da perda de nós mesmos em meio às telas e algoritmos.

Se você busca um anime que desafia, instiga e deixa marcas profundas na mente, Necronomico no Cosmic Horror Show é um mergulho que vale a pena — mas apenas para quem está preparado para encarar o vazio entre as estrelas… e dentro da própria identidade.

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