10 Curiosidades Sobre Marte Que Você Precisa Saber

Marte é um dos planetas mais fascinantes do nosso sistema solar. Ele é conhecido como o planeta vermelho por causa da sua cor, que se deve à presença de óxido de ferro em sua superfície. Marte também é o destino de muitas missões espaciais, que buscam explorar seus mistérios e descobrir se há ou houve vida por lá. Neste artigo, vamos conhecer 10 curiosidades sobre Marte que você precisa saber.

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1. Marte tem quatro estações

Assim como a Terra, Marte tem quatro estações: primavera, verão, outono e inverno. Isso acontece porque Marte tem uma inclinação axial de 25,19 graus, semelhante à da Terra, que é de 23,44 graus. A inclinação axial é o ângulo entre o eixo de rotação de um planeta e o plano da sua órbita em torno do Sol. Essa inclinação faz com que os hemisférios do planeta recebam diferentes quantidades de luz solar ao longo do ano, criando as estações.

No entanto, as estações de Marte são diferentes das da Terra em alguns aspectos. Primeiro, elas têm durações diferentes, dependendo do hemisfério em que se está. Isso ocorre porque a órbita de Marte é mais elíptica do que a da Terra, ou seja, mais alongada e menos circular. Isso faz com que Marte fique mais próximo ou mais distante do Sol em diferentes pontos da sua órbita. Por exemplo, no hemisfério norte, a primavera dura cerca de 7 meses terrestres, o verão cerca de 6 meses, o outono cerca de 5 meses e o inverno cerca de 4 meses. Já no hemisfério sul, as estações são mais curtas e mais intensas.

Segundo, as estações de Marte são mais frias do que as da Terra, em média. Isso se deve ao fato de que Marte está mais afastado do Sol do que a Terra, recebendo menos energia solar. Além disso, a atmosfera de Marte é muito mais fina do que a da Terra, o que dificulta a retenção de calor. A temperatura média de Marte é de -60°C, podendo variar entre -140°C e 20°C, dependendo da localização e da época do ano.

2. Marte tem dois satélites naturais

10 Curiosidades Sobre Marte Que Você Precisa Saber

Marte tem dois satélites naturais, chamados Fobos e Deimos. Eles foram descobertos em 1877 pelo astrônomo americano Asaph Hall, que os batizou com os nomes dos filhos do deus grego da guerra, Ares, equivalente ao deus romano Marte. Fobos significa “medo” e Deimos significa “terror” em grego.

Fobos e Deimos são muito pequenos e irregulares, parecendo mais asteroides do que luas. Eles têm cerca de 26 km e 15 km de diâmetro, respectivamente, e orbitam muito perto de Marte. Fobos está a apenas 9.378 km da superfície do planeta, e Deimos a 23.459 km. Para se ter uma ideia, a Lua está a cerca de 384.400 km da Terra.

Por causa da proximidade com Marte, Fobos e Deimos têm movimentos orbitais incomuns. Fobos orbita Marte em apenas 7 horas e 39 minutos, o que significa que ele nasce e se põe duas vezes por dia marciano. Além disso, ele se move no sentido oposto ao da rotação do planeta, ou seja, de oeste para leste. Deimos orbita Marte em 30 horas e 18 minutos, o que significa que ele nasce e se põe uma vez a cada dois dias marcianos. Ele se move no mesmo sentido da rotação do planeta, ou seja, de leste para oeste.

Fobos e Deimos são objetos de estudo para os cientistas, que querem saber mais sobre a sua origem, composição e evolução. Uma das hipóteses é que eles sejam asteroides capturados pela gravidade de Marte, mas há outras possibilidades. Uma curiosidade é que Fobos está se aproximando cada vez mais de Marte, e pode se chocar com o planeta ou se desintegrar em um anel de poeira em alguns milhões de anos.

3. Marte tem o maior vulcão do sistema solar

Marte tem o maior vulcão do sistema solar, chamado Monte Olimpo, ou Olympus Mons em latim. Ele tem cerca de 624 km de diâmetro e 25 km de altura, o que equivale a três vezes a altura do Monte Everest, o ponto mais alto da Terra. Ele também tem uma caldeira de 80 km de largura e 3 km de profundidade, formada pelo colapso da cratera após as erupções.

O Monte Olimpo é um vulcão extinto, que não entra em erupção há milhões de anos. Ele se formou há cerca de 3,5 bilhões de anos, quando Marte era geologicamente mais ativo. Ele é um exemplo de vulcão em escudo, que tem uma forma arredondada e uma base larga, resultante do acúmulo de lavas fluidas e pouco viscosas.

O Monte Olimpo é tão grande que pode ser visto do espaço, e foi observado pela primeira vez em 1971 pela sonda Mariner 9, a primeira a orbitar Marte. Ele faz parte de uma região chamada Tharsis, que tem outros três grandes vulcões: Arsia Mons, Pavonis Mons e Ascraeus Mons. Esses vulcões são responsáveis por algumas das paisagens mais impressionantes de Marte, e também por influenciar o clima e a geologia do planeta.

4. Marte tem água congelada nos polos

Marte tem água congelada nos seus polos, formando calotas polares que mudam de tamanho conforme as estações do ano. As calotas polares são cobertas por uma camada de gelo seco, que é o dióxido de carbono (CO2) em estado sólido. O gelo seco se sublima, ou seja, passa diretamente do estado sólido para o gasoso, quando a temperatura aumenta, liberando CO2 para a atmosfera. O CO2 se condensa, ou seja, passa do estado gasoso para o sólido, quando a temperatura diminui, formando novamente o gelo seco.

A calota polar norte de Marte tem cerca de 1.000 km de diâmetro e 3 km de espessura. Ela é composta por uma mistura de gelo de água e gelo seco, sendo que este último ocupa cerca de 30% da superfície. A calota polar sul de Marte tem cerca de 350 km de diâmetro e 3 km de espessura. Ela é composta quase inteiramente por gelo seco, sendo que apenas uma pequena parte é de gelo de água.

As calotas polares de Marte são importantes fontes de informação sobre a história e o clima do planeta. Elas contêm camadas de gelo e poeira que registram as variações climáticas ao longo de milhões de anos. Elas também afetam a pressão atmosférica de Marte, que varia conforme a quantidade de CO2 que é liberada ou condensada. Além disso, elas representam uma possível reserva de água para futuras missões humanas a Marte.

5. Marte tem o maior vale do sistema solar

Marte tem o maior vale do sistema solar, chamado Valles Marineris, ou Vales Mariner em português. Ele tem cerca de 4.000 km de comprimento, 200 km de largura e 7 km de profundidade, o que equivale a quase o dobro do tamanho do Grand Canyon, nos Estados Unidos. Ele se estende por quase um quinto da circunferência de Marte, e ocupa uma área maior do que a da França.

O Valles Marineris foi descoberto em 1971 pela sonda Mariner 9, que deu origem ao seu nome. Ele se formou há cerca de 3,5 bilhões de anos, quando Marte era geologicamente mais ativo. Ele é resultado de uma combinação de processos tectônicos, vulcânicos e erosivos, que criaram uma enorme fenda na crosta do planeta

6. Marte tem tempestades de areia gigantescas

Marte é um planeta muito ventoso, que sofre com frequentes tempestades de areia que podem cobrir toda a sua superfície. Essas tempestades são causadas pela diferença de temperatura entre as regiões polares e equatoriais, que gera fortes correntes de ar. O ar carrega consigo partículas de poeira e areia, que reduzem a visibilidade e alteram a cor do céu. As tempestades de areia podem durar dias, semanas ou até meses, e afetam o clima, a geologia e as missões espaciais em Marte.

Uma das maiores tempestades de areia já registradas em Marte ocorreu em 2018, e envolveu todo o planeta por mais de um mês. Essa tempestade foi responsável pelo fim da missão do rover Opportunity, que perdeu contato com a Terra por falta de energia solar.

7. Marte tem um céu rosa e um pôr do sol azul

O céu de Marte tem uma tonalidade rosa ou avermelhada durante o dia, e um tom azulado durante o pôr do sol. Isso se deve ao efeito da poeira na atmosfera, que espalha a luz solar de forma diferente da Terra. A poeira de Marte é rica em óxido de ferro, que reflete mais a luz vermelha do que a azul. Assim, durante o dia, a luz vermelha predomina no céu, enquanto a azul é filtrada. Já durante o pôr do sol, a luz vermelha é bloqueada pelo horizonte, e a azul se torna mais visível.

O céu de Marte também pode apresentar outras cores, dependendo das condições atmosféricas e da posição do Sol. Por exemplo, o céu pode ficar amarelo, laranja ou marrom quando há muita poeira no ar, ou verde, roxo ou violeta quando há nuvens de gelo.

8. Marte tem sinais de antigos rios, lagos e oceanos

Marte é hoje um planeta seco e frio, mas nem sempre foi assim. Há evidências de que Marte já teve água líquida em abundância em sua superfície, há bilhões de anos. Essa água teria formado rios, lagos e oceanos, que esculpiram o relevo e o solo do planeta. Alguns desses rios e lagos ainda podem ser vistos hoje, como canais, vales e bacias.

Uma das regiões mais interessantes de Marte é a Planície Norte, que ocupa cerca de 40% da superfície do planeta. Essa região é relativamente plana e baixa, e tem uma forma circular. Alguns cientistas acreditam que ela seja o leito de um antigo oceano, que teria coberto cerca de um terço de Marte, há cerca de 3,5 bilhões de anos. Esse oceano teria uma profundidade média de 1,5 km, e um volume de 20 milhões de km³ de água.

9. Marte tem evidências de atividade tectônica e sísmica

Marte não tem placas tectônicas como a Terra, mas isso não significa que ele seja um planeta geologicamente morto. Marte tem evidências de atividade tectônica e sísmica, que podem revelar informações sobre o seu interior e a sua evolução. Uma dessas evidências são as falhas, que são fraturas na crosta onde ocorrem movimentos relativos entre as rochas. As falhas podem ser causadas por tensões geradas pela contração, expansão ou rotação do planeta.

Uma das falhas mais impressionantes de Marte é a Cerberus Fossae, que tem cerca de 1.500 km de comprimento e 2 km de largura. Ela foi formada há cerca de 10 milhões de anos, quando a crosta se rompeu e se afastou, criando um vale profundo. Essa falha também é uma fonte de erupções vulcânicas, que liberam lava e gases para a superfície.

Outra evidência de atividade sísmica em Marte são os chamados “marsquakes”, que são tremores de terra causados por vibrações no subsolo. Esses tremores podem ser provocados por impactos de meteoritos, processos térmicos ou movimentos de falhas. Os marsquakes são detectados por instrumentos chamados sismômetros, que medem as ondas sísmicas que se propagam pelo planeta.

Um dos sismômetros mais avançados em Marte é o SEIS, que faz parte da missão InSight da NASA. Esse sismômetro foi instalado na superfície de Marte em 2018, e desde então já registrou mais de 500 marsquakes, sendo o maior deles de magnitude 4,0. Esses dados podem ajudar a entender a estrutura e a composição do interior de Marte, bem como a sua história geológica.

10. Marte tem potencial para abrigar vida humana no futuro

Marte é um dos planetas mais promissores para a exploração e a colonização humana no futuro. Isso se deve ao fato de que Marte tem algumas características favoráveis, como a proximidade com a Terra, a semelhança com o dia terrestre, a presença de água congelada, a existência de recursos minerais e a possibilidade de produzir oxigênio e combustível.

No entanto, Marte também tem muitos desafios e riscos, como a distância e o tempo de viagem, a baixa gravidade e pressão, a radiação solar e cósmica, a temperatura e o clima extremos, a falta de atmosfera e de campo magnético, a poeira e a areia, e a ausência de vida e de vegetação.

Para superar esses desafios e riscos, é preciso desenvolver tecnologias e estratégias que garantam a segurança, a saúde, a sobrevivência e o bem-estar dos astronautas e dos colonos em Marte. Algumas dessas tecnologias e estratégias são: foguetes e naves espaciais reutilizáveis e eficientes, trajes e habitats espaciais adaptados e protegidos, sistemas de comunicação e navegação confiáveis e rápidos, robôs e drones inteligentes e autônomos, fontes de energia renovável e sustentável, cultivo e reciclagem de alimentos e água, e pesquisa e educação científica e cultural.

Muitas missões e projetos estão sendo planejados e realizados para tornar possível a presença humana em Marte. Alguns exemplos são: a missão Mars 2020 da NASA, que enviou o rover Perseverance e o helicóptero Ingenuity para Marte em 2020, com o objetivo de procurar sinais de vida antiga e coletar amostras de solo e rocha; o projeto Starship da SpaceX, que pretende enviar cargas e tripulações para Marte a partir de 2024, com o objetivo de construir uma base permanente e autossuficiente no planeta; e o projeto Mars One, que propõe enviar voluntários para Marte em 2032, com o objetivo de estabelecer uma colônia humana sem retorno.

Em fim, nesse artigo a gente viu 10 Curiosidades Sobre Marte Que Você Precisa Saber, espero que você tenha gostado, compartilhe e deixe seu like, até mais pessoal…

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