O termo “anime” é amplamente reconhecido por sua conexão com a animação japonesa, mas e se eu dissesse que existe um conceito de anime que não é anime? Parece confuso, não é? No entanto, à medida que a indústria de animação se expande globalmente, as fronteiras do que consideramos um “anime” começam a se tornar cada vez mais fluídas. Neste artigo, vamos explorar o que define um anime tradicionalmente, e como alguns shows que não são japoneses acabam sendo categorizados como animes.
O Que é Anime Tradicionalmente?
É uma forma de animação originária do Japão, que pode abranger diversos gêneros e estilos. Geralmente, os animes têm características específicas, como estética única, narrativas complexas e uma forma de animação detalhada, com personagens estilizados e expressivos. Além disso, animes costumam ser produzidos no Japão, com foco em uma audiência japonesa, mesmo que, posteriormente, esses conteúdos sejam exportados para outros mercados.
O Que é?
O conceito de anime que não é anime começa a surgir com o crescente número de animações feitas fora do Japão, mas que seguem os mesmos estilos ou influências típicas dos animes. Por exemplo, produções como Avatar: A Lenda de Aang e Os Cavaleiros do Zodíaco: A Lenda do Santuário são frequentemente citadas como animes, embora não tenham sido produzidas no Japão.
Esses shows têm uma estética visual similar à dos animes tradicionais, com elementos como personagens com grandes olhos, cabelos coloridos e um estilo de animação semelhante. Além disso, muitas dessas produções fazem uso de temas e tropes que são comuns nos animes, como batalhas épicas, crescimento pessoal e dilemas existenciais.
Exemplos
Avatar: A Lenda de Aang

Produzido no Ocidente, mais especificamente nos Estados Unidos, Avatar: A Lenda de Aang é um dos exemplos mais notáveis de uma animação que é frequentemente considerada um “anime que não é anime”. A série adota uma estética visual e narrativa que lembra animes, mas foi criada por Michael Dante DiMartino e Bryan Konietzko.
The Boondocks

Embora seja uma animação americana com forte influência cultural da japonesa, The Boondocks é uma obra que diverge do estilo tradicional de animação ocidental. Com personagens com traços de animes e narrativas de crítica social, muitos fãs consideram esse show como parte do universo dos “animes não japoneses”.
Castlevania

Outra produção americana que causou uma grande divisão entre fãs é Castlevania. Embora seja uma série criada por Warren Ellis para a Netflix, com base no famoso videogame de mesmo nome, ela carrega uma forte influência dos animes japoneses, tanto na estética quanto na estrutura narrativa.
O Impacto Global da Influência do Anime
A influência ultrapassou as fronteiras do Japão e chegou a diversas partes do mundo. No Ocidente, produtores de animação começaram a adotar a estética e os temas dos animes, criando produções que, apesar de não serem originárias do Japão, carregam muito de sua essência. Este fenômeno, por um lado, faz com que mais pessoas se interessem pela cultura dos animes, mas também levanta a questão: “Esses programas devem ser considerados animes?”
No entanto, há uma diferença crucial entre esse conceito e as animações tradicionais: a origem. Animes genuínos são sempre produzidos no Japão e, muitas vezes, refletem aspectos da cultura japonesa, como mitologia, história, valores sociais e até mesmo filosofias orientais.
A Interseção Entre Animes e Outras Mídias
Com o passar dos anos, muitos animes também influenciaram produções cinematográficas e televisivas ocidentais, como em Star Wars: A Guerra Clônica e outras animações baseadas em mangás. Isso mostra como os conceitos de anime se expandem e permeiam diversas formas de mídia.
Esse fenômeno é, na verdade, uma manifestação de um mercado globalizado que busca expandir suas influências e adaptar histórias que ressoam com públicos diferentes. No entanto, é importante não perder de vista o que é o anime original: uma parte importante da cultura japonesa.
O Futuro do Anime Global
À medida que a animação ocidental se aproxima cada vez mais do estilo visual dos animes, é possível que vejamos mais e mais produções que caem na categoria de anime que não é anime. O impacto dos animes no mercado global de animação será, sem dúvida, uma área fascinante de crescimento e experimentação. A linha entre o que é e o que não é um anime pode continuar a se borrar, mas, para os fãs, o mais importante será o conteúdo e como ele ressoa emocionalmente, independentemente de sua origem.
A expressão anime que não é anime não se trata apenas de uma simples questão de origem, mas também de como o estilo e os temas universais dos animes podem ser adotados e reinterpretados por outras culturas. O importante é que, à medida que o fenômeno dos animes se expande, ele traz consigo uma variedade de novas perspectivas, formas de expressão e, claro, entretenimento para todos. No final das contas, o que importa é o impacto que essas produções têm sobre os fãs, e como elas continuam a enriquecer a experiência da animação em todo o mundo.
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