A série Tremembé, lançada pelo Prime Video em 31 de outubro de 2025, rapidamente se tornou um dos lançamentos mais comentados do ano. Em apenas cinco episódios intensos, a produção mergulha na rotina da Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, localizada em Tremembé, interior de São Paulo, instituição conhecida como o “presídio dos famosos”.
O enredo mistura fatos reais e elementos de ficção para revelar a convivência entre detentas envolvidas em crimes que marcaram o país, como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Anna Carolina Jatobá. Com uma abordagem cinematográfica e atuações de alto nível, Tremembé consegue equilibrar tensão, drama psicológico e crítica social, entregando uma experiência impactante que prende o espectador do início ao fim.
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Inspirada em histórias reais, a série nasceu a partir de dois livros-reportagens do jornalista Ullisses Campbell: Suzane: Assassina e Manipuladora (2020) e Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido (2021). Ambos foram escritos com base em investigações detalhadas e entrevistas exclusivas com pessoas envolvidas nos casos. Em sua adaptação televisiva, a narrativa amplia o olhar sobre essas mulheres, explorando suas relações, suas tensões internas e os jogos de poder que se formam dentro da penitenciária. Ao mesmo tempo, a produção propõe uma reflexão profunda sobre a forma como a sociedade lida com o crime, o arrependimento e a exposição midiática. Esse equilíbrio entre realismo e dramatização torna Tremembé uma das séries brasileiras mais discutidas da atualidade, despertando curiosidade e polêmica em igual medida.
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O elenco foi escolhido com precisão para dar autenticidade às figuras que marcaram o noticiário policial. Marina Ruy Barbosa assume o papel de Suzane von Richthofen, retratando com intensidade a jovem condenada por planejar o assassinato dos pais. Carol Garcia interpreta Elize Matsunaga, mulher que chocou o país ao esquartejar o marido, o executivo da Yoki, Marcos Kitano Matsunaga. Já Bianca Comparato dá vida a Anna Carolina Jatobá, condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni. Completando o elenco, Felipe Simas vive Daniel Cravinhos, cúmplice de Suzane no crime. A performance de Marina Ruy Barbosa tem sido amplamente elogiada pela crítica, especialmente por sua entrega ao papel — a atriz chegou a buscar apoio de um açougueiro para compreender detalhes técnicos do assassinato encenado, demonstrando o nível de comprometimento da produção com o realismo.
Apesar de inspirar-se em casos reais, Tremembé não é uma simples reprodução documental. A série introduz elementos ficcionais que ampliam a tensão dramática e permitem uma imersão mais profunda no universo prisional. As situações retratadas se baseiam em relatos autênticos, mas também incluem interações criadas pelos roteiristas para explorar aspectos psicológicos das personagens e conflitos que, embora verossímeis, não foram registrados oficialmente. Essa mescla entre realidade e ficção é um dos pontos fortes da narrativa, que convida o público a questionar o limite entre o fato e a dramatização. Assim, Tremembé não apenas retrata crimes conhecidos, mas também humaniza — sem romantizar — as protagonistas, revelando os mecanismos de poder, arrependimento e sobrevivência dentro das grades.

Desde sua estreia, Tremembé tem gerado ampla repercussão nas redes sociais e nos veículos de imprensa. A obra reacendeu debates sobre o sistema prisional brasileiro e sobre como a mídia transforma crimes reais em produtos de entretenimento. Muitos críticos destacam a coragem da série em abordar temas delicados, como o perdão e a reabilitação, sem perder o tom crítico diante da espetacularização de tragédias. O público, por sua vez, ficou dividido entre a empatia e o desconforto — especialmente após a reaparição de Elize Matsunaga em entrevistas recentes, nas quais afirmou orar por seu marido e acreditar em seu perdão. Essa nova exposição reacendeu o interesse pelo caso e reforçou a força cultural que Tremembé alcançou, tornando-se não apenas uma produção de entretenimento, mas também um fenômeno social.
Com uma estética sombria e atmosfera claustrofóbica, a direção de Tremembé traduz visualmente o confinamento físico e emocional das detentas. Cada um dos cinco episódios, com cerca de 50 minutos, alterna flashbacks dos crimes com cenas atuais dentro da prisão, revelando a dualidade entre culpa e tentativa de redenção. O uso de luz, som e enquadramentos reforça a tensão, enquanto o roteiro costura temas como justiça, punição e arrependimento de forma complexa e instigante. O ritmo dinâmico, aliado às atuações convincentes, faz com que o público mergulhe nesse universo de isolamento e poder, onde cada olhar e cada gesto carregam significados profundos.
Tremembé é mais do que uma simples série de true crime — é um retrato contundente das fragilidades humanas e das consequências irreversíveis das escolhas. Ao unir pesquisa jornalística, dramaturgia sofisticada e atuações intensas, a obra se consolida como um dos projetos mais ousados e bem executados do audiovisual brasileiro recente. Para quem busca compreender o impacto desses crimes na sociedade e explorar as nuances emocionais de quem vive o cárcere, a série é uma experiência imperdível e provocadora. Disponível no Prime Video, Tremembé convida o espectador a olhar além das manchetes e refletir sobre até que ponto a verdade pode ser reconstruída pela ficção.
Imagem do topo: Portal N10
