Tudo Sobre a Enterocolite, a doença do filho da Viih Tube

Ravi, filho mais novo recém nascido dos empresários e influenciadores Viih Tube e Eliézer, teve alta nesse sábado, 14 de dezembro, após ficar internado por vinte dias. O bebê deu entrada no hospital com quadro de Enterocolite e precisou ficar em observação até se recuperar.

A enterocolite é uma condição médica que afeta os intestinos, caracterizada pela inflamação simultânea do intestino delgado (enterite) e do intestino grosso (colite). Essa doença pode ocorrer em pessoas de todas as idades e é causada por diversos fatores, incluindo infecções bacterianas, virais, parasitárias, alergias ou condições inflamatórias. Este artigo aborda em detalhes as causas, sintomas, diagnóstico, tipos e tratamentos da enterocolite, oferecendo informações essenciais tanto para pacientes quanto para profissionais de saúde.

É uma inflamação que acomete simultaneamente duas partes importantes do trato digestório: o intestino delgado e o intestino grosso. Essa condição pode variar de leve a grave, dependendo da causa e da extensão da inflamação.

Embora possa ser confundida com outras doenças intestinais, como a síndrome do intestino irritável (SII) ou doença de Crohn, essa doença apresenta causas e tratamentos distintos. Em casos graves, a enterocolite pode levar a complicações graves, como a enterocolite necrosante, que pode ser fatal se não tratada rapidamente.

As causas da enterocolite são amplas e incluem fatores infecciosos, inflamatórios, alérgicos e idiopáticos. As principais causas incluem:

1. Infecções Bacterianas

Bactérias como Escherichia coli, Salmonella, Shigella e Clostridioides difficile são causas comuns. Essas infecções geralmente ocorrem devido ao consumo de água ou alimentos contaminados.

2. Infecções Virais

Vírus como rotavírus, norovírus e adenovírus também podem desencadear enterocolite, especialmente em crianças pequenas. Esses vírus são altamente contagiosos e frequentemente associados a surtos em creches e escolas.

3. Infecções Parasitárias

Parasitas como Giardia lamblia e Entamoeba histolytica também podem causar enterocolite, especialmente em regiões com saneamento básico precário.

4. Enterocolite Necrosante

Comum em recém-nascidos, especialmente prematuros, a enterocolite necrosante ocorre devido à má formação do trato gastrointestinal ou circulação sanguínea inadequada nos intestinos.

5. Doenças Inflamatórias

Condições como doença de Crohn e colite ulcerativa podem causar inflamação simultânea no intestino delgado e grosso, levando a um quadro de enterocolite.

6. Reações Alérgicas

Reações a alimentos ou medicamentos também podem causar enterocolite alérgica, especialmente em bebês que sofrem de alergia à proteína do leite de vaca.

Os sintomas variam de acordo com a causa e a gravidade da condição, mas geralmente incluem:

  • Dor abdominal: Geralmente difusa, mas pode ser localizada dependendo da extensão da inflamação.
  • Diarreia: Pode ser aquosa ou acompanhada de sangue.
  • Febre: Frequentemente associada a infecções bacterianas ou virais.
  • Vômitos e náuseas: Mais comuns em casos de infecções virais.
  • Inchaço abdominal: Especialmente em casos de enterocolite necrosante.
  • Fadiga: Decorrente da desidratação e da perda de nutrientes.

Em casos graves, podem ocorrer complicações como sepse, perfuração intestinal e choque séptico, que requerem atenção médica imediata.

O diagnóstico da enterocolite é baseado em uma combinação de histórico clínico, exame físico e exames laboratoriais. Os principais passos incluem:

1. Histórico Clínico

O médico avalia os sintomas do paciente, a duração e a gravidade, bem como possíveis fatores de risco, como viagens recentes ou consumo de alimentos suspeitos.

2. Exame Físico

Inclui palpação abdominal para identificar áreas de dor ou inchaço.

3. Exames de Fezes

São usados para identificar a presença de bactérias, vírus, parasitas ou sangue oculto.

4. Exames de Sangue

Avaliam sinais de infecção, anemia ou desidratação.

5. Imagem

Radiografias ou tomografia computadorizada podem ser necessárias em casos graves para avaliar complicações como perfurações ou obstruções intestinais.

6. Endoscopia

É realizada em alguns casos para avaliar diretamente a inflamação no trato intestinal.

Enterocolite Necrosante: entenda o papel do US no diagnóstico - Educa Cetrus
Imagem: Educa Cetrus

A enterocolite pode ser classificada em diferentes tipos com base na causa e na população afetada:

1. Enterocolite Necrosante

Comum em recém-nascidos prematuros, essa condição grave pode levar à destruição do tecido intestinal.

2. Enterocolite Pseudomembranosa

Causada principalmente pela infecção por Clostridioides difficile, é associada ao uso de antibóticos que alteram a flora intestinal.

3. Enterocolite Alérgica

Mais comum em lactentes com alergia alimentar, especialmente à proteína do leite de vaca.

4. Enterocolite Infecciosa

Resulta de infecções bacterianas, virais ou parasitárias adquiridas por meio de alimentos ou água contaminados.

O tratamento depende da causa subjacente e da gravidade da condição. Em geral, as opções incluem:

1. Reidratação

  • Oral: Em casos leves, soluções de reidratação oral ajudam a repor líquidos e eletrólitos perdidos.
  • Intravenosa: Necessária em casos graves de desidratação.

2. Antibóticos

Indicados para infecções bacterianas graves, como as causadas por Salmonella ou Clostridioides difficile. No entanto, o uso de antibóticos deve ser avaliado com cuidado para evitar resistência bacteriana.

3. Antivirais ou Antiparasitários

Em casos de infecções virais ou parasitárias, medicamentos específicos podem ser utilizados.

4. Dieta e Nutrição

Em casos leves, uma dieta leve e balanceada é recomendada. Em casos graves, pode ser necessário o uso de nutrição parenteral.

5. Cirurgia

Casos graves de enterocolite necrosante podem exigir intervenção cirúrgica para remover as partes afetadas do intestino.

Algumas medidas podem reduzir significativamente o risco de desenvolver enterocolite:

  • Higiene Pessoal e Alimentar: Lavar as mãos antes de comer e preparar alimentos adequadamente.
  • Evitar água Contaminada: Beber água potável ou filtrada, especialmente em viagens.
  • Vacinação: Vacinas como a do rotavírus podem prevenir infecções virais em crianças.
  • Uso Racional de Antibóticos: Evitar o uso desnecessário de antibóticos para prevenir desequilíibrios na flora intestinal.

É essencial buscar atendimento médico imediato se houver:

  • Sinais de desidratação grave (boca seca, urina escura ou ausente).
  • Presença de sangue nas fezes.
  • Febre alta persistente.
  • Dor abdominal intensa ou inchaço severo.

A enterocolite é uma condição que exige atenção devido às suas potencialidades de gravidade. A chave para um bom prognóstico está no diagnóstico precoce e no tratamento adequado. Manter boas práticas de higiene, cuidar da alimentação e estar atento aos sinais e sintomas são passos fundamentais para prevenir e tratar essa condição de forma eficaz.

Imagem do topo: Portal GCMais

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